sexta-feira, outubro 30, 2009

O bem e o mal

Diz o refrão popular: "Para que o mal vença basta que o bem se omita". E esse é o quadro que normalmente enfrentamos na nossa sociedade: a grande maioria se omite em presença do mal. Não é comigo, não tenho nada com isso, não fui, não vi nem ouvi, uma sucessão de negativas para se esquivar ou assumir qualquer tipo de responsabilidade.

Deixamos para que os outros (outros quem?), para que o governo (onde? qual? quem?), para quem de direito, enfim, deixamos para lá... A palavra para isso é omissão. Existe também um sentimento errado: confundimos obrigação de comunicar ou agir diante do que é errado com deleção - e a não delação do que é ilegal, imoral (ou engorda) é estimulada como se fosse algo a ser cultivado e comemorado.

Essa coisa de que existe gente boazinha, bem educada etc e tal é balela. Lamento muito informar, sou um cara viajado, já corri esse mundo e constatei o seguinte: não existe povo ordeiro ou desordeiro, existem os bem policiados e os mal policiados. O que isso quer dizer? Que ninguém (ou a massiva maioria) não faz o certo porque é certo, mas por medo de que seja punido por agir mal.

Nos locais onde reina a impunidade e a omissão, o mal, o crime prospera. Como aqui na nossa terra. Aqui onde as leis são pífias, onde a impunidade reina e onde todos se omitem republicanamente. Se os políticos roubam, se os comerciantes sonegam, se alguém agride, rouba, destrói, enfim, sejam quais forem as maldades, só temos uma resposta: Não tenho nada com isso...


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