segunda-feira, novembro 16, 2009

A malvada e os bebezinhos

O recente episódio em que uma enfermeira de um hospital gaúcho foi flagrada administrando - sem a competente prescrição médica - calmantes aos bebes do berçário é só mais do mesmo. O assunto ecoou - e não poderia ser de outra forma - como mais um desses fatos que nos atestam o quanto é capaz de atrocidades essa nossa dita humanidade.

Todos se perguntam: - Como é possível que existam pessoas com essa índole? Todos tem razão, é mesmo algo incompreensível e intolerável. O que nem todos perceberam - nem mesmo os que deviam por dever de ofício -, acidental ou intencionalmente, é como é que alguém que trabalha em uma função de tamanha responsabilidade não sofre a mínima fiscalização de quem quer que seja.

Não há indústria nem qualquer atividade organizada que prescinda da figura de um supervisor, de alguém responsável por um controle de qualidade. Dizem que a enfermeira malvada já praticava - ou suspeitam que praticava - as suas maldades há mais de dois anos. Como foi possível a ela retirar remédios da farmácia do hospital sem prestar contas a ninguém?

Se para cuidar de um parafuso, algo que também é importante, pois pode representar futuramente a segurança de algum equipamento, veículo, máquina, existe um rígido controle de qualidade, porque a qualidade do trabalho, do serviço que se presta no cuidado de indefesos bebezinhos não requer a mesma atenção? O mesmo apreço?

São essas coisas que me fazem recordar o que dizia Einstein: "Só há duas coisas infinitas no mundo: O universo e a estupidez humana. E, quanto ao infinito, eu ainda não tenho certeza absoluta".

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