sexta-feira, dezembro 26, 2008

Injustiças


Todos sabem que a nossa legislação penal é frouxa e ineficiente. Frutos dos ares libertários da Constituição Cidadã de 1988, todo o arcabouço penal do estado se tornou frouxo e ineficiente, seja para condenar os praticantes de qualquer ato infracional penal, seja no momento do cumprimento das penas.

Baseada numa filosofia (errada!) de que qualquer desvirtuamento no comportamento do cidadão é o fruto resultante de um problema social, adotamos um pensamento que eu chamo de "coitadização do marginal" - que se opõe à realidade de coitadização da vítima. Quem não sabe que existem alguns crimes que são fruto de um comportamento criminoso independente de situação social? Como classificar o chamado "crime do colarinho branco? É um problema social?

O interessante é ver quando o sistema se defronta com a libertação de alguém que usufruiu da fraqueza do sistema penal, mas que afronta o pensamento do "politicamente correto", quando o estado - leia-se o pensamento político esquerdizante - pretende o punimento e enfrenta o seu próprio veneno - a coitadização do marginal.

Os casos são variados e bem conhecidos: o massacre durante a invasão do Carandirú, Eldorado dos Carajás e a morte da missionária Dorothy Stang, isso só para citar alguns casos. Quando a justiça absolve esse tipo de criminoso as vozes do politicamente correto se levantam! Como é que pode? Quanta injustiça?

O que se vê nesses casos é a repetição dos julgamentos até que se obtenha um resultado considerado "mais aceitável". Eu pergunto: e nos outros casos, quando não há uma conotação política envolvida? As vítimas são menos vítimas? Parentes e amigos sofrem menos? Como aceitar esse comportamento hipócrita?

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