sexta-feira, janeiro 09, 2009

Amostras

Esses crimes que povoam as manchetes dos nossos jornais estão longe de representar a realidade da insegurança que reina no país. Não passam de amostras pobres de uma realidade ainda mais pungente, o que vem a tona pela mídia é uma pequena parte visível de um iceberg que esconde na sua parte submersa um mundo de iniquidades e injustiças.

Apesar disso, alguns dos nossos pensadores afetados pela esquerdopatia que domina o país, insistem em dizer que as manchetes são exageradas. Parece que 50.000 assassinatos por ano ainda não é um número capaz de impressionar essas grandes mentes inteligentes. Talvez, quando atinjamos o meio milhão de vitimas, esse pessoal comece a pensar que algo está começando a dar errado. 

Não há estatísticas, não há registros que abranjam o contingente de todo o expectro das vítimas desse confrontamento com a impunidade que assola o país, da falta de segurança com que vive a totalidade da sociedade brasileira. O pior, o barbárico ocorre à solapa, nos bastidores das nossas vilas e favelas, muito longe dos holofotes da mídia. Alguém imagina quantos crimes não são nem ao menos registrados?

Uma lei constitucional e penal fraca que beneficia o marginal, sempre "coitadizado" por um processo que visa minimizar as responsabilidades, como se todos os delitos fossem causados por problemas sociais, uma falácia, um erro mais do que provado e abandonado no restante do mundo dito inteligente. Não há essa pretença vinculação direta entre pobreza e criminalidade, isso é um pensamento de mentes preconceituosas.

Como se explicaria, dentro dessa lógica de atribuir todo comportamento criminoso a problemas sociais, por exemplo, o crime do colarinho branco? Os crimes cometidos por políticos e gestores públicos? Os crimes de abusos sexuais e cometidos por pedófilos? Os crimes passionais?

É preciso perder essa ingenuidade que acredita que todos são bons até prova em contrário. Lamentável - porque eu também gostaria muito que assim fosse, que pudéssemos voltar ao jardim do éden, ao paraíso, mas infelizmente todos são bons enquanto vigiados e sob a ameaça de leis que punam os comportamentos inadequados ao convivio social.

O resto é conversa mole, sonho irreal, quimeras...

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