sábado, novembro 15, 2008

The're still alive?

O título é provocativo e se refere a aparição em terras tupiniquins de certos grupos de rock que fizeram (no passado, é isso mesmo!) sucesso no fim do século passado. Muitos deles provoca esse tipo de reação de minha parte: "Eles ainda estão vivos?"

Essa preferência pelos nossos palcos não é verdadeiramente caso de preferência, mas questão de sobrevivência. Sem condições de obterem cachês minimamente aceitáveis no mundo civilizado (ou no primeiro mundo, ou no único mundo que pode ser considerado mundo), eles, não sem antes se certificarem que os nativos não são antropófagos, vem para cá.

Nossa imprensa faz o trabalho de recuperação dos ancestrais registros históricos da passagem deles pelo planeta. Publicam algumas fotos já amarelecidas pelo tempo, relembram alguns hits dos bons tempo e pronto! Depois é só abrir as bilheterias e esperar pelos fãs. Sim! Acredite, aqui ainda há fãs desses astros que o mundo esqueceu.

Aqui os fãs clubes resistem a tudo, resistem ao tempo, resistem ao ostracismo dos seus astros, resistem até a uma bomba nuclear. Dizem que nos locais ermos da amazônia ilegal (e ela não é toda repleta de ilegalidades?) desmatada e abandonada, foram encontrados fãs clubes de vários artistas que o mundo esqueceu, inclusive os de Jerry Adriani e de Wanderley Cardoso.

Há os defensores da tese de que "antes tarde do que nunca". Tem sua validade, eu acrescentaria outro ditado que também se aplica: "sempre há um pé torto para um chinelo roto".

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