quinta-feira, outubro 30, 2008

As eleições municipais de 2008

Qualquer um pode reparar que não existe mais oposição no Brasil. Apesar do que você ouve e vê na mídia, não se engane, essa oposição que aparece por aí, mais parece do que na realidade atua como uma verdadeira oposição. Não é que eu esteja defendendo uma oposição feroz e sistemática ao governo, mas o papel de ser oposição é, para ser minimalista, fiscalizar os atos da situação.

Também é verdade que existe muito pouco conteúdo ideológico nos nossos partidos políticos. Ressalta a ideologia do "meu pirão primeiro", nossos representantes representam prioritariamente os seus próprios interesses. Os partidos se "amoldam as situações". Existe coisa mais amorfa do que o PMDB? Cabe em qualquer conteúdo e em qualquer situação, basta oferecer uma vantagem, um carguinho e pronto!

Sem falar que, depois da revolução de 64, foi decretada a morte da direita no país. Aqui ou você se é de esquerda, ou mais à esquerda ainda, não existe espaço para qualquer outra ideologia. A situação briga com a situação nas eleições, as idéias são as mesmas, não há divergência ideológica. Isso se enquadra e atende a uma filosofia das esquerdas: o pensamento único - todo mundo é livre para pensar da mesma maneira.

Existe ainda uma certa alteração nos governos, uma certa quebra do continuísmo porque o maior inimigo do Partido dos Trabalhadores é ele próprio. O que tem se visto por aqui é que, a população depois de sentir na pele o que é ser governada pelo PT, decide que qualquer outra coisa é melhor. O problema é que não tem coisa melhor: só o pior e o pior.

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