terça-feira, janeiro 17, 2006

Muita economia para pouco economista

Se você é um profissional da mídia deve saber que um dos seus objetivos ao escrever deve ser o público alvo, a sua audiência. Não é a toa que programas como Fausto Silva e Gugu são campeões de audiência nos seus horários; todos sabem muito bem qual é o tipo de público que predomina no Brasil.

Pelo tamanho do país e por sua diversidade, há espaço para praticamente todos os campos, todos os assuntos. O que deve ser dimensionado é justamente o tipo de mídia e a sua amplitude, para atingir o segmento específico ao qual se destina; nenhum mistério, nenhuma mágica.

Vou dar um pitaco de uma área que conheço muito pouco: economia. Todos costumam dizer que economia é um assunto que deve interessar a todos; eu acho que isso é uma meia verdade, é uma falácia. Qual o tipo de assunto abordado em economia que é tão interessante e geral que pode atingir a todos? Economia doméstica?

O povão está interessado em quantos pontos a bolsa de valores subiu ou caiu em determinado pregão? Na cotação, ou na flutuação do dólar? No valor dos juros futuros para resgate em setembro? Em quantos pontos está cotado o risco-país? Quanto está valendo o C-bond de 15 anos no mercado exterior?

Acho que há um evidente exagero no noticiário econômico nesse país; um excesso, muita notícia, muita freqüência, muitos meios de comunicação divulgando dados sem um público alvo em quantidade suficiente que justifique tamanho emprego de espaço e de meios. É óbvio que há muito dinheiro nesse setor, e sei que esse é o motivo principal para "tanto empenho". Mas mesmo assim acho a cobertura exagerada.

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