Os portugueses seriam os paises da Lusofonia. Utiliza-se esse conceito, Lusofonia, para designar o conjunto das comunidades que adotam o português como sua língua oficial no mundo (Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste); para cairmos no popular: os lugares onde o pessoal fala português.
Estava eu a "leire" - no português de Portugal, por isso este "sotaque" - o novo livro de José Saramago (As Intermitências da Morte, romance, São Paulo: Companhia das Letras, 2005), admirado com seu talento literário, sua forma pouco usual de escrever, e com as diferenças ortográficas e semânticas entre os nossos portugueses -porque raios lá têm Antónios e cá temos Antônios -, o de Portugal e o do Brasil.
Sobre o conteúdo do livro, que começa com a frase "No dia seguinte ninguém morreu", Saramago - um ateu declarado e inimigo da igreja - brinca com a idéia da morte (ou com a falta dela). Ele é o tipo de escritor sobre quem dificilmente se tem um meio-termo, é um caso de amor ou ódio; eu estou entre aqueles que gostam dele.
Sobre as diferenças ortográficas, objeto de sucessivos fracassados acordos para unificação assinados em 1931, 1943, 1945, 1971, 1973, 1975, 1986 e 1990, por Brasil e Portugal ou pelos representantes dos sete países lusófonos, não parece haver chance de se chegar a uma solução que satisfaça a todos. O último acordo assinado, de 1990, que era bem pouco pretencioso em termos de unificação, não logrou êxito, deixando poucas esperanças para qualquer iniciativa no futuro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário