Esse título, imagem estranha, serve para definir o meu espanto ao ver nos jornais e na tv a faceirice do nosso presidente ao lado do também não menos faceiro George W. Bush. Sei que estranho é um adjetivo pouco usual e define pouco o substantivo imagem, mas foi o melhor que eu consegui.
Não pude deixar de ter um sentimento ambivalente, de um lado orgulho, vendo nosso presidente ombreado ao comandante do país reconhecido como a maior potência mundial; do outro um certo estranhamento ao lembrar do passado, das tantas vezes em que o então sindicalista Luis Ignácio se referia ao amigo de hoje como o maior inimigo do país.
Na sua época de sindicato, Bush pertencia ao club dos classificados como integrantes do "eixo do mal" por Lula. Hoje, não!, hoje Bush é "quase um companheiro", está longe de ser a personificação do mal, muito ao contrário! É um igual, um bom e fiel aliado (eu diria que Lula o considera como quase um Chavez ou Fidel!).
Não que se deva criticar a postura do nosso presidente, eu diria que, de certa forma, é elogiável a atitude do nosso presidente, esse seu "pragmatismo" diplomático, esse navegar ao sabor das ondas (ou das conveniências), que pode fazer com que nosso país lucre algo no comércio internacional.
Mas é preciso admitir que essa dupla improvável fornece uma imagem muito estranha!
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