quinta-feira, dezembro 27, 2007

O Alvissareiro

Guardasse uma lógica, uma realidade entre o alvissareiro, as alvíssaras e a realidade e seríamos todos felizes. Muito felizes! Mas o alvissareiro aparece, conta as alvíssaras, você olha para a realidade circundante e constata que alguma coisa está errada. Corrijo: muitas coisas estão erradas, a descrição não concorda com o descrito, o meio não correspondente, não existe o milagre que exalte e justifique a beatificação, a criação de um novo santo.

Tudo está bem, a economia vai bem, como nunca!, diz o candidato a santo, os números comprovam e atestam resultados fantásticos. Quais resultados? Esse número impressionante de crimes contra o patrimônio e contra a pessoa: ou seria esse massacre nas estradas (que estradas?); seriam os hospitais do Rio de Janeiro equipados com furadeiras indutriais no lugar de brocas cirúrgicas?

O alvissareiro vai falar hoje à tarde, contará suas alvíssaras. Escrevo antes de ouví-lo, antes de saber quais serão. Confesso que não vou ouví-lo, não tenho a menor curiosidade ou interesse pelo o que ele vai dizer. De uma coisa tenho certeza: sejam quais forem, para mim não significam nada, pelo simples fato de que elas só existem no mundo dos sonhos. No meu dia-a-dia, no mundo da realidade, tudo continua igual ou pior, como sempre...

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