terça-feira, maio 08, 2007

Post mortem

Justificar não justifica, mas dissessem que era a única coisa que havia para roubar e, se não entendêssemos, ao menos haveria uma justificativa. Mas não! Os "amigo do alheio" já haviam roubado carteiras com dinheiro, celulares e até uma motocicleta, o butim, portanto, não havia sido em vão.

O que roubaram após é que assusta ou, se não assusta, faz os queixos caírem: o local do roubo era um velório e, para o achincalhe final, roubaram os sapatos do morto. Sei, normalmente se coloca o melhor pisante no "de cujus", mas aonde é que fica o respeito com o passante? Certas coisas não se admitem, nem em nome do melhor pisante desse mundo.

Certamente o calçado havia sido escolhido pelos familiares, pensando em proporcionar ao passante um calçado adequado para trilhar melhores caminhos no outro mundo, um mundo mais justo, menos cruel. Talvez o par tenha sido especialmente comprado para o evento, quem sabe?

Tudo seria uma grande piada se não fosse verdade, se não fosse um fato triste, se não houvesse realmente acontecido nesse país onde a violência impera e nem os mortos estão à salvo dela.

Um comentário:

Dric@.: disse...

yiÉ difícil acreditar, né?
Caracas!! A criatura roubar um par de sapatos? E do defunto?
Coisa mórbida! Macabra! Siniiiiiiiiixxstra!!