terça-feira, abril 03, 2007

1000


Tem certas coisas mais importantes quando ainda não são do que quando vem a ser, se é que me entendem. Assim é essa história dos mil gols do Romário, cujo desfecho, ou seja, quando o gol número 1000 for marcado, se tornará um vazio, um nada. Todos os gols prévios, os gols que antecedem o milésimo são mais importantes, mais emocionantes, o milésimo será, ao que tudo indica, brochante.

Além disso, a experiência no assunto é limitada, mas, em todo o caso, existente. No caso dos mil gols de Pelé, o seu milésimo foi mixuruca, um gol de penalti, um gol sem graça, um gol covarde. Espero que no caso do Romário, se não for o ideal, que seria um gol de placa, que pelo menos seja um gol normal, um gol durante o jogo jogado e não um gol arranjado, um gol arrumado numa penalidade.

A grande vantagem do milésimo gol é essa: quando sair, vai se parar de falar nele.

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