Lembro dos meus tempos de infância, éramos pobres, éramos ricos. Tínhamos pouco, nada faltava. Minhas memórias de infância estão povoadas de história, de imagens, de músicas, de encantamentos; minha mãe transformava o mundo, pintava-o com cores magníficas e nos apresentava, aos nossos maravilhados olhos.
Dizem que a formação se sedimenta na primeira infância, se é assim, se é verdade, nessa fase eu tive tudo o que precisava para um desenvolvimento fantástico. Não tenho como atributo ter uma memória muito desenvolvida, mas mesmo assim é impossível não lembrar de tanta informação e de tantos carinhos recebidos nessa fase.
Comparo a nossa formação, minha e de meus irmãos, com a das crianças de hoje e sinto pena da nossa modernidade. Os tempos não trouxeram nesse campo progressos, campo que não depende deste tipo de avanço, mas do carinho, da atenção e da dedicação de quem quis ser mãe, de quem sempre achou que essa era a missão recebida de Deus, e que, graças a ele, a mantém entre nós até os dias de hoje.
"Eu vou, eu vou..." é a forma como começa uma das incontáves musicas que cantávamos juntos, e que agora me cobra uma visita a minha querida e amada mãe. Preciso ir até ela para dar e receber um abraço, um beijo, um carinho, estar ao seu lado, compartilhar do eterno amor maternal...
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