segunda-feira, outubro 30, 2006

Eu vou, eu vou...

Lembro dos meus tempos de infância, éramos pobres, éramos ricos. Tínhamos pouco, nada faltava. Minhas memórias de infância estão povoadas de história, de imagens, de músicas, de encantamentos; minha mãe transformava o mundo, pintava-o com cores magníficas e nos apresentava, aos nossos maravilhados olhos.

Dizem que a formação se sedimenta na primeira infância, se é assim, se é verdade, nessa fase eu tive tudo o que precisava para um desenvolvimento fantástico. Não tenho como atributo ter uma memória muito desenvolvida, mas mesmo assim é impossível não lembrar de tanta informação e de tantos carinhos recebidos nessa fase.

Comparo a nossa formação, minha e de meus irmãos, com a das crianças de hoje e sinto pena da nossa modernidade. Os tempos não trouxeram nesse campo progressos, campo que não depende deste tipo de avanço, mas do carinho, da atenção e da dedicação de quem quis ser mãe, de quem sempre achou que essa era a missão recebida de Deus, e que, graças a ele, a mantém entre nós até os dias de hoje.

"Eu vou, eu vou..." é a forma como começa uma das incontáves musicas que cantávamos juntos, e que agora me cobra uma visita a minha querida e amada mãe. Preciso ir até ela para dar e receber um abraço, um beijo, um carinho, estar ao seu lado, compartilhar do eterno amor maternal...

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