sábado, abril 15, 2006

Refúgios

Não acredito nessa linearidade do tempo com que costumamos medir as nossas vidas. Ou, se fosse para afirmar uma lei da vida em função do tempo, eu diria que "a quantidade de vida não é diretamente proporcional ao tempo vivido". Isso significa que é possível comprimir uma grande quantidade de vida num pequeno intervalo de tempo e, a recíproca verdadeira!, é possível expandir uma quase não vida num grande intervalo de tempo.

O que isso quer dizer na essência, o que todo mundo já sabe: para bem viver importa muito mais a qualidade do que a quantidade do tempo vivido. Por isso que não é incomum vivermos lembrando de nossos bons momentos, das nossas "memórias" dos períodos em que a felicidade era completa. Essas são as lembranças que correspondem ao períodos em que havia essa grande quantidade de vida concentrada.

Há os que possam pensar que isso constitua algo a lamentar; claro, o ideal seria que toda a nossa vida fosse constituída só desses momentos felizes, mas eu digo: ainda bem que há esses momentos felizes para serem lembrados!

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