sábado, março 11, 2006

Conservadorismos

As notícias falavam com espanto da rainha e do torneiro mecânico juntos. Não me impressiona e nem me espanta. Para falar a verdade me espanta mais que tenhamos eleito alguém semi-alfabetizado para a presidência do nosso país, algo que deve - ou que deveria - deixar o mundo pasmo. A figura daquela idosa senhora tem peso e importância, carrega a realeza só para os seus súditos, para mim ela não passa de uma senhora como qualquer outra que viva em nosso país, eu não lhe reconheço a nobreza, nem o seu "sangue azul", não vivo em um regime monárquico nem acredito que as monarquias sejam formas aceitáveis de regime.

Aliás, só toco nesse assunto pelo espanto mediático que o fato provocou, fosse outro o enfoque talvez nem me desse ao trabalho de comentar a notícia. Nem considero que houve problemas de cerimonial, ou de falta de gentileza com o propalado atraso de um minuto - que deve ser atribuído ao cocheiro da carruagem que conduziu o presidente e não a sua pessoa. Ademais, como entendo que, mesmo o presidente sendo o convidado de um país com o sistema monárquico, a rainha não perderá suas unhas e nem um pedaço sequer, pela "espera maçante de um minuto inteiro, 60 segundos", ou porque o presidente não se vestiu de fraque em sua presença.

Costumes são costumes, mas também é de boa educação de quem recebe não exigir demasiado de quem é convidado. Convidar e depois ficar exigindo demais é coisa de gente chata e rebugenta. Estamos vivendo em pleno século XXI e certas coisas, queiram ou não os conservadores devem evoluir.

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