segunda-feira, novembro 21, 2005

Santos de Ocasião

Tem coisas que são fáceis, tem as que nem tanto assim. Dito assim, isso parece ser a nova filosofia "luliana_da_silva", mas eu asseguro que não. É fácil ao pobre não ser consumista, a uma feiosa ser a maior defensora da castidade, aos corintianos defender o juiz que anulou os jogos que o timão perdeu, porque essas são coisas que a cada um deles convém. Não é culpa de ninguém, nós somos assim mesmo, os fiéis discípulos de São Mateus: que sempre apregoa, tudo bem, desde que "primeiro sejam os meus".

Recebi um email com um artigo afirmando que "um povo que não luta e se comporta como gado, (sic) mugindo diante dos acontecimentos, colabora com o subdesenvolvimento do país". Forte isso, bem forte. Não sei se é bem este o caso e, como quase sempre acaba acontecendo nessas afirmações bombásticas, o pecado vem pela generalização.

Eu penso que tem gente que não reclama por que não sabe nem o que veio fazer nesse mundo de meu Deus, os inocentes de pai e mãe (que Deus os abençoe e os receba no seu reino, amém!); outros porque a situação não é para reclamar, são os que auferem lucros do jeito que a coisa está, os que mamam nas tetas do governo; depois têm a turma que não reclama por que são os que remam conforme a onda, pensam mais ou menos assim: "o governo faz de conta que justica o imposto que eu faço de conta que pago", ou seja, no final fica tudo bem, no zero a zero.

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