sábado, novembro 26, 2005

Milhões em Ação

O ditado é velho, mas a comparação é boa: "Estatística é como biquini, mostra tudo menos o essencial". Você quer ver como eu tenho razão? A renda média entre mim, o Bill Gaites e o Donald Trump, deve andar na casa dos bilhões de dólares anuais; enquanto isso, eu ando matando cachorro a grito por aqui.

O IBGE divulgou há pouco que a taxa de fecundidade das mulheres brasileiras está em 2,1 filhos. O número em si não quer dizer muito, porque ele é o resultante de uma taxa que tende para zero nas camadas A, B e C (mais ricas), enquanto que as camadas D e E (mais pobres) da população tem um taxa acima de cinco.

Resultado: continuamos aumentando a pobreza no País; e não resolve criar esses programas governamentais demagógicos e eleitoreiros - fomes zero e outros - que têm aos montes por aí, porque eles não resolvem absolutamente nada. Já está mais do que provado que os nossos amigos políticos têm o maior interesse na manutenção desse estado de coisas.

Iguais ao cachorro que corre atrás do rabo, não chegamos a lugar nenhum. Como atender a uma população crescente de desvalidos, deseducados, desasistidos, desnutridos, e todos os "des" que vocês possam imaginar?; enfim, somos vítimas de governantes e políticos des-almados.

Acham que é um outro exagero? Lembram dos idos de 1970? Fazem apenas 35 anos, naquela época nós éramos, conforme diziam os versos da música "90 milhões em ação"? Hoje já dobramos esse número, somos agora 182 milhões em ação. Perto de noventa milhões já é o número de pessoas que vivem em condições de miserabilidade hoje no País.

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