sábado, maio 31, 2008

Assuntos

A notícia, na página da revista, dava conta de que a bolsa custa a bagatela de 49 mil reais. Não, não se tratava de uma bolsa universitária ou coisa do gênero. A referência era ao artefato utilizado pelas mulheres para guardar, bem, digamos para transportar qualquer coisa. Por esse preço é difícil dizer se o objeto era um utilitário ou uma obra de arte - obra prima, a julgar pelo preço.

Mas não julguem a qualidade do artefato por esse meu comentário, eu só vi nele um bagulho de preço salgado e de péssimo gosto. Também vejo o tipo de consumidora capaz de pagar o custo do bagulho em questão: uma pessoa vazia, que não sabe porque amanhece ou anoitece, porque existem as estações do ano, porque a natureza floresce na primavera e se despe no outono, enfim uma pessoa que não sabe nada nessa vida.

Uma pessoa vazia e que precisa de assunto para o social. O que irá falar para as amigas e os amigos? Como poderá impressionar a sua (duvidosa) audiência? Muito provavelmente irá iniciar um assunto de horas com a pergunta: - Sabem quanto custou a minha bolsa?

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