segunda-feira, outubro 16, 2006

"Amorecidios?"

Lembro da frase do imortal Poetinha, Vinicius de Morais, sobre o amor: "...que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure..."Lembro, também, do juramento na cerimônia de casamento: "Promete ser fiel na alegria e na tristeza , na saúde e na doença , amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"

Pode a morte acabar com o amor? Não creio, o verdadeiro amor sobrevive a morte, é mais forte do que ela, transcende a ela. Mas se nem a morte pode acabar com o amor, o que mata o amor, quem é o "amorecida"? Porque todos sabemos que o amor não acaba, que é infinito (duvido assim do dizer do poeta: "que seja infinito enquanto dure..."). Nós! Nós não matamos o amor, não acabamos com ele, não damos cabo dele!

O verdadeiro amor é imortal e eterno. O que nós vivemos são ilusões do amor, escolhendo mal os nossos parceiros(as) na ilusão da presença dele - amor, quando escolhemos alguém só para não ficar sozinho(a).

Ninguém pode matar algo que nunca existiu; não se mata um fantasma, se exorcisa. Acabamos com maus relacionamentos, com escolhas equivocadas, com belezas que só os olhos veem e que o tempo se encarrega de desconstruir. Assim como a palavra, não existem amorecidios, ninguém mata o amor.

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