quinta-feira, agosto 24, 2006

O que fica então?

Eu quero acreditar que fica o gesto de carinho, o afago e até a efemeridade de um sorriso. Não há garantias nessa vida, não jogamos com eternidades, somos mortais, passageiros. Claro, não sou diferente da maioria, gostaria de deixar marcada a minha passagem pelo planeta, dizer que na minha caminhada consegui tocar algumas almas, que vivi e interagi.

Sem pretensões! Não me considero depositário de direitos, sei que se o espaço no palco é exíguo; o da platéia é infinito. O sucesso nasceu para gênios, sejam os do ser ou do fazer-se, e eu não me incluo em nenhuma das categorias. Minha medida é a do esforço, a do muito esforçado, uma outra medida. Tudo o que eu almejo e pelo que tenho lutado é por um pequeno espaço, que se não é a todos garantido, deveria!

Eu quero acreditar que ficam os amigos. Poucos, bem poucos, mas fiéis. Aqueles que me concedem um bem me quer sem garantias, in-con-di-cio-nal-men-te. Para os que dizem ele é, ou falta-lhe, isso ou aquilo, eu peço perdão por não lhes ter cativado ao ponto de ignorarem os meus defeitos, as minhas idiossincrasias, falhei.

Eu quero crer na permanência da paz. Num sol que brilha em todas as manhãs, numa lua que enfeitiça a noite, num vento que acaricia os cabelos - de quem ainda os têm! Eu quero acreditar que possa amar a tantos quantos caibam dentro do meu coração. Eu quero acreditar na evolução do homem, na exceção da bondade e em Nosso Senhor Jesus Cristo, amém.

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